O cálculo coraliforme é uma forma complexa de pedra nos rins que ocupa parte significativa do sistema coletor renal, podendo preencher cálices e pelve renal com formato semelhante a um coral. Essa configuração anatômica dificulta a eliminação espontânea e torna o tratamento mais desafiador, muitas vezes exigindo cirurgia combinada.
Além de seu tamanho, o cálculo coraliforme frequentemente está associado a infecção urinária recorrente, o que potencializa o risco de dano renal crônico e complicações sistêmicas.
Causas e fatores de risco
Entre os principais fatores relacionados ao surgimento desse tipo de cálculo estão:
- infecções urinárias persistentes (principalmente por germes produtores de urease),
- má formação anatômica dos rins,
- histórico familiar de cálculos complexos,
- baixa ingesta de líquidos e alterações metabólicas.
Mulheres com infecção urinária de repetição e pacientes com histórico de litíase volumosa devem ser avaliados com maior atenção para essa condição.
Sintomas e diagnóstico
Nem sempre o cálculo coraliforme causa dor intensa como a cólica renal clássica. Por ser volumoso e ocupar espaços maiores do rim, pode se apresentar de forma mais silenciosa, com:
- infecções urinárias frequentes,
- presença de sangue na urina (hematúria),
- dor lombar crônica,
- alterações em exames de função renal.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem como tomografia computadorizada ou urotomografia, que ajudam a avaliar a extensão do cálculo e a anatomia renal envolvida.
Por que o tratamento clínico isolado raramente resolve
Procedimentos como litotripsia extracorpórea costumam ser insuficientes devido ao volume e à distribuição dos fragmentos.
A remoção com cirurgia tradicional, muitas vezes se torna um desafio, em muitos casos sendo ineficientes em um único procedimento.
Por isso, o tratamento de escolha geralmente é cirúrgico, com abordagem individualizada.
Abordagem moderna: cirurgia combinada (ECIRS)
A técnica ECIRS (Endoscopic Combined Intrarenal Surgery) combina, no mesmo procedimento:
- ureterorrenolitotripsia flexível com laser (via retrógrada), e
- nefrolitotomia percutânea com sistema ultrassônico.
Essa associação permite fragmentar e remover os cálculos de forma simultânea, reduzindo o tempo cirúrgico e aumentando as taxas de sucesso em um único tempo operatório. A maioria dos pacientes recebe alta em 24 a 48 horas.
Quando a cirurgia combinada está indicada
A ECIRS pode ser indicada em Juiz de Fora para pacientes com:
- cálculo coraliforme diagnosticado em exames de imagem;
- infecção urinária recorrente associada a litíase;
- falha em procedimentos anteriores;
- anatomia renal desfavorável ao acesso isolado por via retrógrada.
Prognóstico e cuidados pós-operatórios
Com abordagem adequada e equipe experiente, os índices de resolução são altos. O seguimento inclui:
- controle da infecção urinária,
- novos exames de imagem para avaliar sucesso da retirada,
- e investigação de possíveis causas metabólicas para evitar recidiva.
Considerações finais
O cálculo coraliforme exige mais que o tratamento convencional de pedra nos rins. A definição de conduta envolve uma avaliação detalhada, exames de imagem e, frequentemente, indicação de cirurgia minimamente invasiva com duas vias de acesso. Essa é a forma mais segura e eficaz de garantir a eliminação completa do cálculo e prevenir complicações futuras.
Para casos como esse, é essencial contar com urologista com experiência em cirurgia renal complexa.
Saiba mais sobre o tratamento moderno para cálculos renais complexos como o coraliforme: conheça a abordagem cirúrgica combinada com ECIRS realizada pelo Dr. Pedro Bastos em Juiz de Fora.
Localização do consultório
Urologista em Juiz de Fora | Dr. Pedro Bastos
R. Delfim Moreira, 186 – Sala 5 – Centro
Juiz de Fora – MG, 36026-500
Telefone: (32) 3312-8900