Cálculo Renal (Pedra nos Rins): Tratamento com Laser em Juiz de Fora

Como é feito o tratamento para cálculos renais em Juiz de Fora

O que é o Cálculo Renal?

O cálculo renal, também conhecido como pedra nos rins, é uma condição em que se formam cristais sólidos nos rins a partir de minerais e sais presentes na urina. Esses cálculos podem variar de tamanho, desde pequenos grãos até grandes pedras, e podem ser compostos por substâncias como cálcio, ácido úrico, cistina ou estruvita. Quando essas pedras se movem ou bloqueiam o fluxo urinário, podem causar dor intensa (chamada cólica renal), infecções urinárias e até danos aos rins, dependendo da gravidade. 

O tratamento envolve o uso de medicamentos (terapia expulsiva) e procedimentos de endourologia. Como tratamento a laser do cálculo (ureterorrenolitotripsia laser), cirurgia renal percutânea e ECIRS tratamento combinado.

Como previnir?

Hidratação é fundamental

  • Ingestão diária de líquidos, preferencialmente que tenham um PH neutro. 
  • 2,5 a 3 L dia.
  • Dieta balanceada, rica em vegetais e fibras e com quantidades normais de cálcio. (deve – se evitar a restrição de cálcio na dieta).
  • Evitar consumir grande quantidade de proteína animal (0,8 – 1,0/kg/dia), devido aos riscos do aumento do ácido úrico e redução dos níveis de citrato na urina.
  • Diminuir a ingesta de sódio (1-1,2g/dia). O excesso de sal impede a absorção de cálcio pelos rins, aumentando o risco de formação de pedras.
  • Atenção com alimentos ricos em sódio, como os processados.
  • Evitar consumo de refrigerantes, principalmente a base de cola.
  • Evitar suplementação com Vitamina C, principalmente se dosagem superior a 250mg.
  • Moderação com alimentos ricos em oxalatos, como: espinafre, beterraba, batata – doce, nozes, couve, cenoura crua; amêndoas, castanhas, café instantâneo e chocolate.  O cozimento dos vegetais ajuda na redução do oxalato nos alimentos. 
  • Dieta rica em frutas cítricas ajudam na prevenção
  • Praticar atividades físicas regularmente e combater a obesidade.

Quais os sintomas?

Os sintomas do cálculo renal podem variar dependendo do tamanho da pedra e de sua localização, mas os mais comuns incluem:

  1. Dor intensa: A dor (cólica renal) é um dos sintomas mais característicos e ocorre geralmente na região lombar ou na lateral do abdômen. Pode ser muito forte e, muitas vezes, vem em ondas.

  2. Dor ao urinar: Se a pedra estiver se movendo ou obstruindo os ureteres (os tubos que conectam os rins à bexiga), pode haver dor ou ardência ao urinar.

  3. Sangue na urina (hematúria): A presença de sangue na urina é comum, dando uma cor avermelhada ou rosada à urina, devido ao atrito da pedra com as paredes do trato urinário.

  4. Urina turva ou com odor forte: Isso pode ocorrer se houver uma infecção urinária associada ao cálculo renal.

  5. Náuseas e vômitos: Esses sintomas podem acompanhar a dor intensa causada pelos cálculos renais.

  6. Necessidade frequente de urinar: A obstrução causada pela pedra pode aumentar a frequência urinária ou causar a sensação de urgência para urinar.

  7. Febre e calafrios: Se houver uma infecção urinária associada ao cálculo renal, pode haver febre e calafrios.

Se você apresentar sintomas como dor intensa ou dificuldade para urinar, é importante procurar um médico para avaliação e tratamento adequados, já que complicações podem ocorrer, como infecções ou danos aos rins.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do cálculo renal geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e testes laboratoriais. Os principais métodos incluem:

  1. Histórico médico e exame físico: O médico começa perguntando sobre os sintomas, como a dor, se há sangue na urina e os hábitos alimentares do paciente. Durante o exame físico, pode ser realizada a palpação da região abdominal e lombar para verificar áreas de dor.

  2. Exame de urina: A análise da urina pode ajudar a detectar a presença de sangue (hematúria), cristais, infecção ou outros sinais de problemas nos rins. A urina também pode ser testada para a presença de cristais que indicam o tipo de cálculo renal.

  3. Exames de imagem:

    • Ultrassonografia abdominal: A ultrassonografia é comumente usada para detectar cálculos renais, especialmente em pacientes com histórico de pedra nos rins ou quando há suspeita de obstrução urinária.
    • Tomografia computadorizada (TC): A TC sem contraste é o exame mais preciso para localizar cálculos renais e determinar seu tamanho e forma. A tomografia pode identificar pedras pequenas que outros exames podem não detectar.
    • Radiografia abdominal: Em alguns casos, uma radiografia simples pode ser usada para visualizar cálculos renais, embora a TC seja mais sensível.
  4. Exames de sangue: Exames de sangue podem ser feitos para verificar os níveis de creatinina e ureia, que indicam a função renal, além de testar os níveis de cálcio, ácido úrico e outras substâncias relacionadas à formação de cálculos renais.

  5. Análise dos cálculos: Se uma pedra for expelida ou removida durante um procedimento médico, ela pode ser enviada para análise laboratorial. Isso ajuda a determinar sua composição (cálcio, ácido úrico, estruvita, etc.), o que pode influenciar o tratamento e as mudanças no estilo de vida necessárias para prevenir novos cálculos.

Esses exames ajudam o médico a confirmar a presença de cálculos renais, identificar seu tipo e determinar a gravidade da condição, permitindo um tratamento mais eficaz.

Quais as opções de tratamento?

O tratamento para o cálculo renal depende do tamanho da pedra, da localização e dos sintomas apresentados pelo paciente. As principais opções incluem:

  1. Medicamentos para aliviar a dor:

    • Medicamentos analgésicos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, ou analgésicos opióides, podem ser usados para controlar a dor associada ao cálculo renal, especialmente durante a passagem da pedra.
    • Alfa-bloqueadores: Medicamentos como o tamsulosina podem ser prescritos para relaxar os músculos do trato urinário, facilitando a passagem da pedra.
  2. Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO):

    • Este procedimento não invasivo utiliza ondas de choque para quebrar os cálculos renais em pedaços menores, que podem ser expelidos mais facilmente pela urina. A litotripsia é indicada para cálculos de tamanho moderado e que não estão bloqueando o fluxo urinário.
  3. Procedimentos minimamente invasivos:

    • Ureteroscopia: Quando a pedra está localizada nos ureteres (tubos que conectam os rins à bexiga), pode ser realizada uma ureteroscopia. Este procedimento envolve a inserção de um pequeno tubo (ureteroscópio) através da uretra até o ureter para visualizar e, se necessário, remover ou quebrar a pedra com um laser.
    • Nefrolitotomia percutânea: Para pedras grandes ou aquelas localizadas nos rins, um procedimento percutâneo pode ser realizado, no qual uma pequena incisão é feita nas costas para remover a pedra diretamente do rim. É usado em casos de cálculos muito grandes ou difíceis de tratar com outros métodos.
  4. Cirurgia:

    • Cirurgia aberta: Em casos raros e graves, quando os cálculos são extremamente grandes ou complexos, pode ser necessário realizar uma cirurgia aberta para remover a pedra. Esse procedimento é raro e geralmente é reservado para situações em que outros tratamentos não funcionam.
  5. Tratamento com medicação:

    • Dependendo do tipo de cálculo renal, medicamentos podem ser usados para prevenir a formação de novas pedras. Por exemplo, diuréticos tiazídicos podem ser usados para prevenir cálculos de cálcio, e alcalinizantes urinários podem ser prescritos para cálculos de ácido úrico.
  6. Mudanças na dieta e estilo de vida:

    • Para prevenir a formação de novos cálculos, pode ser necessário ajustar a dieta, com orientações para reduzir a ingestão de sal, alimentos ricos em oxalato (como espinafre e beterraba) ou proteínas animais em excesso. Além disso, o aumento da ingestão de líquidos é essencial para reduzir o risco de novos cálculos.

O tratamento é individualizado e pode envolver uma combinação dessas opções, dependendo das características do cálculo e do paciente. É importante seguir as orientações médicas para o tratamento e prevenção de futuros cálculos renais.